quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Combate ao preconceito racial urgente!!!!




DIGA NÃO AO PRECONCEITO!!!!!






Recentemente temos presenciado casos e casos que envolvem racismo,o mais recente na mídia brasileira envolveu o jogador Aranha dos Santos,racismo é algo repugnante e deve ser banido não só do futebol como no mundo.E para isso nada melhor que censura e punição aos culpados.

“A discussão sobre racismo deve ser encarada de maneira que os negros não sejam vistos como um problema como se apenas esta parcela da população reconhecesse esta realidade” atentou a ativista do Movimento Negro, Luiza Bairros,afirmando que ao mesmo tempo em que os negros são vitimas de atos racistas,perdem benefícios de todos os ambitos sociais,enquanto os brancos ganham.

“O debate sobre a violência racial não pode ser somente entre os próprios negros ou entre entidades que lutem pela causa” ressaltou a ativista, ao passo que estes vivem em sua maioria em comunidade periféricas, de maioria negra, de onde surgiram os movimentos sociais da cidade.

Para a Procuradora da UFPR, Dora Bertúlio, a produção da ideologia racista no Brasil está atracada ao Estado e ao Direito, sendo a discriminação racial algo imposto, e por este motivo, institucionalizado desde o período do colonialismo. "Após a abolição da escravatura os negros eram chamados de ex-escravos, e não como cidadãos, indivíduos" elucidou a procuradora, explicando que este fato levou a criação errônea do "ser negro" como algo ruim, embutido no senso comum. "Devemos pensar uma segurança pública onde o negro seja tratado como cidadão, um membro integrante da nossa sociedade", concluiu a professora.






Postado por: Ediane Patricia


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Você sabe quais são as três dívidas históricas brasileiras?

Olá, amigas/os! Estamos aqui mais uma vez para disseminar um pouco do nosso aprendizado adquirido no curso de Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça - GPPGeR. Nesta postagem chamamos a atenção de nossas/os leitoras/es para as três dívidas históricas do nosso país.
A primeira grande dívida histórica brasileira origina-se do período colonial, quando a colônia brasileira era vista como um espaço complementar e de sustentação de Portugal, constituindo-se em uma colônia de exploração. Entre 1500 e 1822, prevaleciam os interesses da coroa portuguesa e sua inserção internacional. E assim, as/os cidadãs/ãos não eram portadoras/es de direitos, e a sociedade brasileira torna-se “hospedeira dos interesses dos senhores” (HEILBORN; ARAÚJO; BARRETO, 2011, p.22).




Nas duas últimas décadas do século XIX estruturam-se outras duas dívidas históricas brasileiras. Uma delas é a libertação de escravas/os realizada sem amparo algum de políticas públicas. A escravidão, “existência de seres humanos na condição jurídica de objetos e destinados a não serem considerados como entes com consciência e, muito menos, portadores de direitos” (HEILBORN; ARAÚJO; BARRETO, 2011, p.24), é o maior fato histórico que explicita o caráter segregacionista e elitista no Brasil, onde delimitava a raça, etnia, gênero e localização da pobreza. 




A outra é o sistema agrário, que permitiu a concentração de posse de terras. A adoção da Lei das Terras em 1850 confirmou a propriedade da terra dos antigos senhores sesmeiros, desfavorecendo e causando desvantagens a um grande número de pessoas que já viviam da terra. 




Não podemos deixar de citar que a forma como se deu a abolição da escravatura no Brasil reforçou sobremaneira a exclusão, com o financiamento do Estado para a vinda de mão de obra européia não somente para a substituição do trabalho escravo, mas também visando o “embranquecimento” do país e resultando na inserção de ex-escravas e ex-escravos nas categorias de desempregadas/os, subempregadas/os e trabalhadoras/es informais (HEILBORN; ARAÚJO; BARRETO, 2011).





REFERÊNCIAS


HEILBORN, M.; ARAÚJO, L.; BARRETO, A. Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça | GPP – GeR: módulo IV – Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2011.

De onde vem o conceito de cidadania, a luta social e as políticas públicas?

O processo de construção do conceito de cidadania, cujo marco dá-se no período da Revolução Francesa, é resultado da formação e desenvolvimento de uma nova classe social, denominada genericamente de burguesia. 




Ocorre que a burguesia, na época (em meados do final do século XVIII), viu-se prejudicada pela arrecadação de impostos e pelo controle dos negócios, percebendo, a partir destas considerações, a necessidade de uma liberdade que lhes permitisse decidir sobre seus impostos e gerenciar seus negócios. Interessante lembrar aqui que para que houvesse a conquista de tal liberdade, fazia-se necessária a concepção de igualdade. E assim, “Igualdade passa a ser a ideia de que todos os seres humanos têm os mesmos direitos ao nascer e não a ideia de que todos devem ter os mesmos bens e rendas. A igualdade é formal, não real“ (HEILBORN; ARAÚJO; BARRETO, 2011, p.12). 




E assim é forjada a base do conceito de cidadão, ainda que ter os mesmos direitos não significaria, objetivamente, poder usá-los em sua totalidade. Quem detinha mais condições econômicas, tinha acesso a garantias que para outras/os eram inacessíveis. Desta forma surgem, contraditoriamente, dois tipos de cidadãs/ãos. Tal contradição faz emergir a luta por direitos sociais e as políticas públicas (HEILBORN; ARAÚJO; BARRETO, 2011).



REFERÊNCIAS

HEILBORN, M.; ARAÚJO, L.; BARRETO, A. Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça | GPP – GeR: módulo IV – CEPESC; Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres. Rio de Janeiro: 2011.