Olá pessoal! Bem vindas/os ao nosso blog de ações e movimentos sociais!
Neste texto pretendemos discorrer sobre os principais vetores que nortearam os movimentos sociais feministas, sintetizando o processo histórico e citando pontos principais no que tange à história crescente destes movimentos sociais, caracterizado por um despertar crítico das mulheres frente à opressão e dominação masculina.
Podemos apontar as relações sociais de desigualdade
como um dos principais motivos que levaram as mulheres a uma reflexão e posterior
indignação em relação ao seu lugar na sociedade.
Quando abordamos a questão da indignação com
relação às desigualdades, precisamos fazer um resgate histórico para uma melhor compreensão.
Ao se tratar dos movimentos sociais no
Brasil, no século XIX podemos citar Bherta Lutz como sendo uma figura
representativa no que se refere a luta pelo sufrágio feminino. Tal luta tem
sua aderência por vários grupos de mulheres por todo o Brasil, e até mesmo as manifestações individuais tiveram duração de décadas, até início do século XX,
quando na Constituição de 1932 a mulher conquista seu direito de votar e ser
votada.
Essa conquista acima citada traz grande
representação para as mulheres, pois se trata de uma conquista de espaço de
representação política, de uma nova representação da imagem feminina diante da
sociedade, onde a mulher conquista um espaço público, indo para além do que até
então era posto à figura feminina: os ditos afazeres domésticos.
Só para que possamos entender melhor, ao se
tratar de discussão de relações de gênero se faz necessário retomarmos um pouco
mais na história, para compreender de onde surge a distinção nas relações de
gênero. Ideólogos da sociedade falocrática ocidental
do século XVIII introduziram na sociedade distinções de gênero, tentando
naturalizar funções para o sexo masculino e para o sexo feminino.
Entende-se que falocracia é uma:
Ideologia cuja base se sustenta
na premissa básica de que o poder político/econômico, em diversos âmbitos, deva
ser exercido somente por homens.
Desta
forma compreendemos que, na verdade, tais distinções foram socialmente produzidas,
onde mulheres e homens tem papéis diferentes dentro da sociedade, onde o espaço
da mulher é no mundo privado, no lar, responsável pelos afazeres
domésticos, pelo cuidado e criação dos filhos, dos idosos, enfim, como
administradora da vida privada. Enquanto isso, o homem era responsável pelo sustento
da família, pertencendo ao espaço público, lidando com o poder político e
econômico.
Essas ideias se seguem por muitas décadas,
até mesmo séculos, reproduzida por outros pensadores formadores de opiniões
e reproduzida ao longo do tempo nas sociedades.
Retomando as lutas dos movimentos feministas, podemos dizer que tais processos de luta, na realidade, é por
reconhecimento de desigualdades construídas historicamente. E os movimentos sociais estão presentes na sociedade para lembrarmos que o que se constrói socialmente pode ser desconstruído!
Links para pesquisa: